O gigolô das palavras Luiz Fernando Veríssimo

“O gigolô das palavras” Luiz Fernando Veríssimo
http://conhecimentoetudo.wordpress.com/2009/04/27/o-gigolo-das-palavras

1) Conceitue coerência e coesão e diga em que medida o texto “O gigolô das palavras” pode ser considerado coerente e coeso.

A COERÊNCIA é resultante da não-contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar (entre si) encadeados logicamente.

Coeso significa ligado. Portanto, COESÃO é a propriedade que os elementos textuais têm de estar interligados. No sentido de um fazer referência ao outro e de um depender da relação com o outro.

O texto “O gigolô das palavras” é incoerente; porque “Um texto coerente é um conjunto harmônico¸ em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo” (PLATÃO e FIORIN, 2002, p.261); o § 1º e 2º do texto, não correspondem a esta condição. A frase final então...: “A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda”. A Gramática apanhar? De quem? Por que? Isto é uma incoerência.

2) Identifique no próprio texto a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Depois de numerar os parágrafos, diga qual é a ideia principal de cada um.

§ 1º - Introdução: Veríssimo explica aos alunos entrevistadores que o uso da Gramática é indispensável a qualquer linguagem, para evitar os vexames mais gritantes da comunicação.

§ 2º e 3º - Desenvolvimento: Explica que a Gramática é como “o esqueleto que nos traz de pé, ...é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro” ou seja, seu uso só vai propiciar uma comunicação completa se todas as palavras encaixarem harmoniosamente.

§ 4º - Conclusão: Deve-se respeitar a gramática, mas não se deve se aprisionar por ela. Em qualquer língua ou em qualquer linguagem deve haver liberdade de expressão na comunicação escrita ou falada.

3) Sublinhe os mecanismos de coesão que aparecem no texto.

Repetição:“Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação...”

Elipse:“...a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada”

Substitução: - Pronome: “...a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo”.

- Semelhança: Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel.